Produzido por Eber Souza
A tecnologia trouxe para o nosso cotidiano, e também das organizações, melhorias consideráveis nas atividades diárias das pessoas e das operações corporativas; presente nos setores operacionais até o relacionamento entre empresas permitindo a manipulação, divulgação e tratamento dos dados e informações armazenadas em computadores e dispositivos.
Há um tempo (não muito distante) o tema segurança da informação era discutido apenas em grandes empresas. No entanto, hoje, com o avanço tecnológico influenciando a vida das pessoas, bem como seu comportamento, com impactos diretos no trabalho, educação e relações sociais, a segurança da informação deixa de ser coadjuvante, para ser essencial para a continuidade dos negócios, independentemente do seu tamanho ou segmento de mercado.
O objetivo da segurança da informação é garantir a proteção das informações, sejam elas transmitidas por meio físico ou digital, contra qualquer ameaça.
Desta forma, para que os recursos de tecnologia da informação sejam consumidos de forma segura e as informações possam ser compartilhadas de acordo com seu respectivo propósito, de informar, sem causar nenhum dano a pessoas ou instituições, é necessário o gerenciamento seguro dos recursos disponíveis e o comprometimento com a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade, os pilares da segurança da informação.
Como se dá o processo de implantação de uma estratégia de segurança da informação nas empresas
Podemos considerar que a estratégia para implantação da segurança da informação na maioria das organizações e ambientes tem, como ponto de partida, duas formas de controle:
Controles Essenciais
Controles essenciais são todos aqueles relacionados à legislação aplicável como:
- A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que visa o tratamento de dados pessoais por pessoa jurídica de direito privado ou público ou pessoa física que trate os dados com fins econômicos, seja por meio físico ou digital, com o objetivo de proteção dos direitos fundamentais de liberdade e de privacidade;
- Proteção dos registros da organização contra perda, acesso não autorizado, falsificação, conforme previsto nos requisitos regulamentares, contratuais e do negócio;
- Direitos de propriedade intelectual para assegurar a conformidade com os requisitos legislativos, regulamentares e contratuais relacionados aos direitos de propriedade intelectual, e sobre o uso de produtos de softwares proprietários.
Melhores práticas
Trata-se de um conjunto de políticas e procedimentos a serem seguidos para melhorias das ações, dos processos e tomadas de decisões a fim de reduzir os riscos de um acesso não autorizado, roubo de dados, bem como o compartilhamento indevido de informações.
Para começar, é fundamental a criação de uma Política de Segurança da Informação (PSI). Ela é responsável por orientar e direcionar os padrões de segurança dos dados, adequando-se aos requisitos de negócios e as leis regulamentadoras de cada país em que a empresa atua.
A criação de uma Política de Segurança da Informação eficaz é capaz de reduzir as lacunas que servem como porta de entrada para invasores e diminuir os riscos relacionados a falhas internas de segurança no ambiente organizacional. Além disso, ela promove um alinhamento das normas e proibições relativas a usos de recursos e dados da empresa, otimizando os processos de negócio.
Em resumo, a Política de Segurança da Informação é um documento que formaliza os princípios e diretrizes relacionados à segurança que devem ser seguidos por todos de uma organização.
Soluções e processos indispensáveis para uma empresa que se preocupa
com segurança da informação
No contexto de segurança da informação, o fator humano apresenta-se como um ponto importantíssimo a ser considerado, já que todas as organizações são formadas por seres humanos, ou seja, os usuários. Assim, uma empresa que se preocupa com segurança da informação, necessita implementar processos indispensáveis como:
- Criação de um programa de conscientização e educação dos usuários sobre segurança da informação e dos principais riscos cibernéticos. Investir em um ótimo programa de treinamento é a melhor estratégia contra ataques cibernéticos;
- Gerenciamento de acessos: a adoção ao modelo Zero Trust (confiança zero), ou seja, para confiar é necessário verificar, reduz o risco no ambiente, uma vez que, as identidades são verificadas por MFA (autenticação multifator) e os acessos são disponibilizados com privilégios mínimos necessários para o exercício da atividade;
- Gestão de senhas: a implementação de uma política de senhas é importante pois dificulta a ação de cibercriminosos que buscam o acesso legítimo ao ambiente. Para isso, é fundamental configurar mudanças periódicas e complexidade de senhas dos sistemas da empresa.
As melhores práticas em segurança da informação requerem investir em ferramentas de segurança, bem como em procedimentos de TI que, quando implementados, ajudam a mitigar riscos ao ambiente. Algumas das práticas essenciais são:
- Backup: estabelecer uma política de backup é crucial para continuidade dos negócios e para a proteção dos dados em caso de roubo ou em situações adversas;
- Vulnerabilidades técnicas (hardware e softwares): manter firmwares de equipamento, HotFix, patch de segurança atualizados, reduzindo as falhas de segurança nos ambientes;
- Segurança de Rede: o local onde seus dados são armazenados e processados é onde um invasor vai tentar uma oportunidade para ter o acesso a eles;
- Prevenção de malware: o risco pode ser reduzido com a implementação de softwares antimalware apropriados. Por isso, é fundamental ter implantado uma solução antivírus nos dispositivos do ambiente, bem como mantê-los sempre atualizados. Assim estarão aptos a identificar ameaças em tempo hábil;
- Firewall: configure-o de forma que seja possível filtrar o fluxo de dados, controlar os acessos a portas específicas, esses são mecanismos de segurança mínimos recomendados;
- Protocolos de segurança e criptografia (SSL e TSL): esses protocolos fornecem conexão segura para a comunicação com o objetivo de fornecer confidencialidade, integridade, identificação e autenticação dos dados por meio de certificados digitais;
- Gestão de incidentes: estabelecimento de políticas e processos eficazes de gestão de incidentes ajuda a melhorar a resiliência, assegura o apoio a continuidade dos negócios, melhora a confiança do cliente e das partes interessadas e, potencialmente, reduz qualquer impacto;
- Monitoramento: implantação de sistemas capazes de detectar ataques reais ou tentativas de ataques a sistemas e serviços de negócios.
Benefícios de implantar uma estratégia de segurança da informação
- Prevenção de vazamento: expor informações privadas e confidenciais de pessoas físicas ou jurídicas é um problema real que deve ser enfrentado da melhor forma: com prevenção. É através da Segurança da Informação que os riscos de estar suscetível a um ataque ou vazamento são reduzidos a quase zero.
- Proteger os dados: na sociedade da informação, “dados são o novo petróleo”, protegê-los é proteger o seu negócio. Ademais, é direito do cidadão controlar quais informações suas serão coletadas, armazenadas e divulgadas. Se você trata o dado de alguém, é preciso que saiba da importância de ativar mecanismos para protegê-lo.
- Adequar-se às Leis: com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil, e a GDPR, na Europa, entre outras leis que regulam o tratamento de dados, a segurança da informação tornou-se item obrigatório para empresas de todos os tamanhos. Pois, além das multas que possuem impacto financeiro direto, a falta de compliance com essas legislações também pode resultar em prejuízos à imagem da empresa e outras sanções previstas na LGPD.
- Prevenir prejuízos e ameaças: aposto que você já ouviu a expressão “melhor prevenir do que remediar”. Em um caso de vazamento de dados, o remédio tem o sabor amargo de prejuízos na confiabilidade da marca e no relacionamento com os clientes. Afinal, quem confia em uma empresa que não se preocupa nem com o próprio negócio?
- Potencializar a competitividade no mercado: a segurança da informação está ligada à rotina do negócio e, por isso, já é considerada um diferencial competitivo para empresas. Há, por exemplo, órgãos públicos e instituições privadas que só estabelecem relações comerciais com empresas que possuam uma política de segurança da informação clara, o que afeta diretamente o fechamento de novos negócios.
- Garantir a continuidade do negócio: seja evitando multas que podem causar um impacto financeiro ou cuidando da imagem da empresa para o mercado, investidores, clientes ou público potencial, a segurança da informa é parte do plano de continuidade de negócios para minimizar os riscos de grandes prejuízos.
- Estimular a inovação: a adoção de ferramentas de computação em nuvem, a implantação de estratégias de big data, até a digitalização de documentos e processos flui melhor quando nasce apoiada em uma estrutura de segurança de informação forte e robusta. Não há inovação em um ambiente inseguro.
Colocando em prática uma estratégia de segurança da informação
Criar a Política de Segurança da Informação (PSI), estabelecer mecanismos de segurança, escolher as melhores ferramentas, monitorar o ambiente do ponto de vista da proteção de dados e, claro, manter um cronograma de treinamentos e ações de conscientização para os colaboradores da empresa requer tempo e estratégia.
Tendo em vista essa gama de atividades, o melhor caminho é contar com uma consultoria para apoiar a sua empresa no processo de definição do planejamento estratégico de implantação da Segurança da Informação, tanto do ponto de vista tecnológico como do processual.
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