Aprenda a reconhecer se um software é pirata e entenda os riscos que ele traz ao seu negócio.
A utilização de softwares piratas em computadores pessoais tem sido uma ação comum desde muito tempo, tanto no ambiente doméstico quanto no corporativo.
No entanto, essa é uma prática que deve ser evitada devido aos seus riscos potenciais, como a abertura de brechas na estratégia de segurança da informação e o prejuízo à reputação da marca.
Atualmente, não violar os direitos autorais que regulam o uso de software requer um pouco mais de atenção, visto que podemos encontrar várias ofertas de programas piratas em marketplaces de sites confiáveis, por exemplo.
Para você não cair nessa cilada, separamos 5 dicas que vão ajudar empresas e compradores corporativos a identificar se o software oferecido é, de fato, original. Vamos conferir?
#1 Sempre desconfie do preço
A dica de ouro para aquisição de produtos físicos e, principalmente, digitais, “desconfie do preço”, comumente repetida por especialistas antifraude, é também válida aqui.
Imagine que você vai comprar um carro que custa R$ 100 mil na concessionária. Você busca o mesmo carro, com as mesmas especificações, em outras plataformas de compra e o encontra pela metade do preço. Você faria essa compra sem antes pesquisar o porquê da diferença tão grande? Provavelmente não.
A mesma lógica vale para a compra de software. Sendo assim, observe atentamente se o preço divulgado condiz com as ofertas disponibilizadas pelo mercado.
Para entender como essas diferenças são impraticáveis, veja no exemplo abaixo a diferença de preço em uma pesquisa referente ao produto Windows 10 Home, da Microsoft, na plataforma Google Shopping:
#2 Atente-se ao pagamento
Uma estratégia muito comum em golpes virtuais é utilizar gatilhos de urgência, quando o tempo se torna um fator determinante. Esse é o mesmo gatilho utilizado por vendedores de softwares piratas.
Textos como “apenas hoje” ou com descontos irreais para pagamentos apenas via PIX ou transferência bancária são utilizados para tentar impedir que a vítima faça uma checagem da credibilidade da empresa que está vendendo o software e/ou uma pesquisa rápida de preços.
Confira um anúncio em que, além do preço muito abaixo da média, o golpista ainda impulsiona a pessoa compradora a pagar via PIX.
#3 Avalie a reputação do vendedor
Antes de efetuar a compra sempre confira a confiabilidade de quem vende o software. Consulte coisas como:
- Site e redes sociais: leia as avaliações, preste atenção na forma como a empresa se coloca;
- Reclame Aqui: identifique a nota da reputação, leia as avaliações, preste atenção nas reclamações feitas e nas respostas da empresa a elas;
- Consulte o site do fabricante do software para verificar se aquele parceiro é oficial e, portanto, confiável.
A Microsoft, por exemplo, possui uma página em que é possível realizar essa consulta pelo nome da empresa, produto, localidade, entre outros filtros: https://appsource.microsoft.com/pt-br/marketplace/partner-dir
#4 Verifique o detalhamento dos anúncios
Tanto nos anúncios das ferramentas de busca, quanto nas vendas em plataformas de e-commerce reconhecidas, como a Americanas.com, sempre cheque a veracidade dos anúncios e preste atenção aos detalhes.
Verifique se o anúncio não possui muitos erros de português, se ele utiliza de recursos como os citados acima (preço muito baixo, sentimento de urgência), confira as informações sobre o vendedor, mesmo que esse pareça confiável à primeira vista (muitas empresas golpistas hoje possuem sites muito profissionais de venda).
Uma dica extra para as plataformas de marketplace é verificar quem vai realizar a entrega do produto, ou seja, quem é o vendedor de fato, se é realmente a empresa de quem você está comprando ou um parceiro do site.
#5 Solicite os documentos comprobatórios de aquisição
Sempre solicite a Nota Fiscal da sua compra e o documento comprobatório de aquisição da licença.
A Nota Fiscal, um comprovante fiscal, destinado a contabilidade, não raro possui informações imprecisas quanto ao produto. Por isso, peça ao vendedor um documento comprobatório adicional.
O segundo comprovante obrigatório da legalidade é o documento/contrato entre o usuário/empresa e o fabricante de software. Essa comprovação é fornecida no acesso ao portal do fabricante de software, nos casos em que os modelos de comercialização disponibilizam essa opção.
O acesso a esse portal deve ser dado pela loja ou revendedor, no momento da aquisição do software, quando é realizado o cadastro do usuário final.
É também muito importante analisar que o portal para download da mídia ou de configurações seja no link do próprio fabricante, e não da loja ou revenda.
Quais os riscos de utilizar software pirata?
Primeiro entenda que o uso do software de forma ilegal não está mais atrelado apenas à pirataria.
Em alguns casos, esses softwares são originais, inclusive com download diretamente do site do fabricante, mas ele utiliza uma única chave para ativar mais licenças do que a quantidade adquirida, é a chamada múltipla ativação.
Entenda como funciona: a empresa X faz a aquisição de 10 licenças originais diretamente no site da Microsoft, recebe a chave para realizar o download e ativação dessa licença nos seus computadores. Então, revende essas licenças para 100 outros compradores, com a mesma chave de ativação.
Esse software, apesar de original, ainda é ilegal e traz consequências a quem o utiliza de forma irregular, sendo as principais:
- Problemas na auditoria: os fabricantes de software, como a Microsoft, têm reforçado cada vez mais as ações contra o uso dos softwares piratas. Nesses processos, é necessário comprovar a aquisição da licença legal, com risco de multas e custos não programados para pagamento por todos os softwares instalados, mesmo que não sejam utilizados.
- Problemas jurídicos: A lei dos direitos autorais (Lei n. 9.610/98) prevê multa de até vinte vezes o valor que deveria ser originalmente pago ao detentor dos direitos para quem utiliza softwares de forma ilegal.
- Prejuízo à imagem: imagine o vazamento da notícia da condenação da sua empresa por uso de software ilegal? O impacto negativo dessa notícia pode afetar diretamente a imagem e reputação da sua marca e atingir indiretamente seus resultados, podendo até levar a sua empresa à falência.
Quando os softwares são piratas, some os prejuízos relatados acima aos riscos para a segurança, já que um programa alterado para distribuição ilegal pode incluir mais facilmente um vírus. Além disso, esses programas precisam de arquivos conhecidos como “cracks” que normalmente exigem permissões administrativas, facilitando uma possível invasão.
Como garantir que o software que estou comprando é original?
Aqui a nossa dica principal é: escolha não correr riscos, compre com uma empresa especializada e reconhecida pelo fabricante.
Ao optar por um parceiro especializado, você não só garante a tranquilidade da legalidade, como também recebe apoio para a aquisição das licenças no formato mais adequado ao seu modelo de negócio, trazendo benefícios financeiros e garantindo o suporte à inovação.
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