A presença digital das empresas é uma realidade inegável. E nesse mundo altamente interconectado, a proteção dos ativos digitais é uma preocupação central para empresas e pessoas físicas.
Entre os componentes fundamentais em uma estratégia de segurança da informação corporativa está o firewall, que atua na primeira linha de defesa na proteção de informações confidenciais e garante a integridade das redes.
Por isso, no artigo de hoje, exploramos o conceito de firewall e o seu papel fundamental na segurança cibernética para ajudar você a entender como ele protege informações confidenciais.
O que é um firewall?
Um firewall é essencialmente um dispositivo de segurança de rede que age principalmente como uma barreira entre a rede interna de uma organização e a vastidão da Internet. Como conceito, o termo se origina das barreiras físicas, ou paredes (wall), que impedem a passagem do fogo em caso de incêndios, no caso da sua função tecnológica, eles agem obstruindo a passagem de ameaças digitais.
Sendo assim, o principal objetivo do firewall é monitorar e controlar o tráfego de entrada e saída com base em regras de segurança predefinidas.
Existem diferentes tipos de firewalls disponíveis, cada um com suas particularidades. Ao longo desse texto, vamos conhecê-los melhor.
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Como um firewall funciona?
O firewall atua como um guardião digital, inspecionando minuciosamente os pacotes de dados que circulam pela rede, separando o confiável do não confiável. Ele analisa endereços IP, portas, protocolos e outros critérios para determinar se o tráfego deve ser permitido ou bloqueado.
Trazendo para o mundo real, em um exemplo bem raso e básico, ele seria o equivalente ao porteiro de um edifício, que autoriza ou recusa a entrada de indivíduos no ambiente com base em algumas diretrizes, como as pessoas que você escolhe receber e as regras do próprio condomínio.
Veja um desenho do esquema:
Com a evolução desse tipo de dispositivo de segurança de rede, os firewalls agora oferecem funcionalidades adicionais e mais modernas, como a tradução de endereços de rede e a criação de túneis VPN, que aumentam sua utilidade na proteção da rede e ajudam a garantir a segurança da informação mesmo diante de ameaças mais complexas.
A evolução do firewall
A evolução dos firewalls ao longo do tempo reflete a constante adaptação das tecnologias de segurança às crescentes complexidades das ameaças digitais. Conheça melhor como essa solução evoluiu ao longo do tempo:
- Primeira geração: esses firewalls serviram como sentinelas de gateway projetados principalmente para defesa contra ataques não estruturados e não direcionados.
- Segunda geração: essas ferramentas mais sofisticadas eram necessárias para a defesa contra ataques direcionados de estágio único. Eles trouxeram funcionalidades adicionais de segurança.
- Terceira geração: orientado à intenção, esses firewalls precisam analisar uma variedade de indicadores para determinar a intenção de um invasor e, em seguida, aproveitar a segurança e as contramedidas implantadas em toda a infraestrutura para combater essa intenção maliciosa.
Tipos de firewall
Como dissemos, existem vários tipos de firewalls, cada um com suas características e particularidades. Conheça alguns deles:
- Firewall de filtragem de Pacotes: filtrao tráfego com base em endereços IP, portas e protocolos. Ou seja, quando você envia ou recebe dados pela internet (ao abrir um site, enviar um e-mail etc.), esses dados são divididos em pequenas partes chamadas “pacotes”. O Firewall de Pacote intercepta esses pacotes enquanto eles entram ou saem da sua rede e segue regras predefinidas para determinar o que fazer com cada pacote. É eficaz para bloquear tráfego indesejado, mas não protege contra ameaças avançadas.
- Firewall de Proxy: age como um intermediário entre os dispositivos da sua rede e a internet, ajudando a proteger sua identidade, aplicando políticas de segurança e fornecendo controle sobre o tráfego de rede. Imagine que um colaborador da sua empresa deseja acessar um site na internet, em vez de o dispositivo do funcionário se conectar diretamente ao site, ele se conecta ao Firewall de Proxy. O Firewall faz a solicitação em nome do funcionário, ocultando seu endereço IP real, e verifica se o site é permitido com base nas regras de segurança da empresa. Apesar de fornecer um maior nível de segurança, pode afetar o desempenho.
- Firewall de Próxima Geração (NGFW): é uma evolução dos firewalls tradicionais. Por esse motivo, oferece uma análise mais avançada, como inspeção de conteúdo e prevenção de ameaças, e pode identificar e bloquear ameaças mais sofisticadas. Em um exemplo prático, quando um funcionário da empresa tenta baixar um arquivo de um site da internet, o NGFW não apenas verifica as informações básicas do pacote, como o endereço de origem e destino, mas também analisa o conteúdo do arquivo em busca de possíveis ameaças, como vírus. Se ele detectar uma ameaça, bloqueará o download do arquivo para proteger a rede.
Há, ainda, alguns outros tipos de firewall. No entanto, o NGFW é frequentemente considerado uma escolha eficaz devido à sua capacidade de oferecer inspeção avançada de pacotes, controle de aplicativos, prevenção de ameaças e visibilidade, o que o torna uma opção robusta para proteger as redes contra ameaças em constante evolução.
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Benefícios de usar um firewall
Como falado, o Firewall age como a primeira linha de defesa, impedindo a entrada de malware, bloqueando acessos não autorizados e protegendo dados confidenciais. A utilização de um firewall oferece diversos benefícios como:
- a prevenção de acessos não autorizados;
- a filtragem de conteúdo indesejado;
- o monitoramento e auditoria do tráfego;
- a segurança em redes públicas e;
- a conformidade com regulamentações.
Esses benefícios, atrelados a políticas de segurança da informação eficientes e como parte de uma solução ZTNA (Zero Trust Network Access) contribuem significativamente para a eficiência da sua estratégia de proteção dos ativos digitais.
Derrubando mitos comuns sobre firewalls
É um erro comum pensar que o firewall sozinho é suficiente para a proteção total da sua empresa. Mas essa premissa não é verdadeira.
Uma estratégia de segurança da informação eficaz, requer uma abordagem em camadas, ou seja, o firewall precisa ser combinado com outras medidas de segurança, como antivírus, sistemas de detecção/prevenção de intrusões, autenticação forte, educação do usuário e monitoramento constante.
Além disso, é preciso lembrar sempre que um firewall mal configurado pode ser ineficaz e permitir que ameaças passem. A configuração adequada e a manutenção constante são fundamentais.
Melhores práticas de gerenciamento de firewall
Manter e atualizar regularmente o firewall é crucial para garantir sua eficácia contínua. Por isso, é importante seguir melhores práticas, como monitoramento regular, atualizações, avaliação periódica das regras, backup de configuração e treinamento constante da equipe.
Isso protege contra vulnerabilidades, melhora o desempenho e adiciona recursos avançados que acompanham as atualizações.
Escolhendo o firewall certo para o seu negócio
A seleção do firewall adequado requer a avaliação de requisitos de segurança, escalabilidade, facilidade de uso e suporte técnico. A colaboração com uma empresa especializada pode ser crucial, pois eles podem oferecer suporte personalizado e ajudar a escolher a solução mais adequada para o seu negócio.
Uma implementação eficaz do firewall requer a execução de várias etapas críticas, tais como:
- Avaliação de riscos: envolve a identificação e análise minuciosa dos potenciais riscos à segurança da rede. Isso inclui a avaliação de vulnerabilidades e ameaças que podem afetar a integridade dos dados e sistemas.
- Definição de Políticas de Segurança: é essencial estabelecer políticas claras e abrangentes de segurança que determinem como o firewall irá operar. Essas políticas incluem quais tipos de tráfego são permitidos ou bloqueados, regras de acesso, autenticação e procedimentos em caso de violações de segurança.
- Testes: antes de implementar o firewall, é vital conduzir testes para verificar sua eficácia. Isso envolve simulações de situações reais, verificando se as políticas de segurança estão sendo aplicadas corretamente e identificando possíveis falhas ou brechas.
- Monitoramento Contínuo: depois da implementação, o monitoramento constante é outro pronto crucial. Isso inclui a observação ativa do tráfego de rede, a detecção de atividades suspeitas e a revisão regular das políticas de segurança para mantê-las atualizadas e adaptadas a novas ameaças.
Essas etapas não são apenas um processo único, mas sim um ciclo contínuo de aprimoramento da segurança de rede. A avaliação de riscos e a adaptação das políticas de segurança devem ser realizadas regularmente para garantir que o firewall esteja sempre protegendo eficazmente a rede contra ameaças em constante evolução.
Por isso, contar com um parceiro especializado em estratégias de segurança da informação é sempre uma boa opção nesse cenário.
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